domingo, 19 de abril de 2009

Jovens Interrompidos

É massacrante quando se é uma pseudo-pessoa, que todas as suas ações foram efetuadas por motivos no qual se desconhece, onde as suas escolhas não passaram de tristes falhas. Até que você pressente que ao se adequar ao sistema foi o pior dos seus erros, que foi medíocre o suficiente para seguir o padrão daqueles que te acompanham, que te obrigam a ser como eles são. Lembrando cada vez mais do tempo onde o menos ruim parecia ser bom o suficiente e agora nem é tão interessante assim, (minhas aulas tem me pisoteado), preciso dar um fim naquele tempo de ser tão pequeno, de ser tão pouco comigo, preciso de uma nova saída. A sensação magnífica surge ao lembrar que lá na parte mais obscura do porão, os meus livros de auto-ajuda (metáfora que equivale a amigos) me esperam, "eles têm olhos aguçados para o que eu costumo ser, sabem ler cada movimento dos meus lábios, eles olham na direção que eu os indico, sempre com um tempo reservado para conversar comigo, por isso acho que gosto deles, constantemente estão crescendo em mim, veem os meus olhos de chocolate como um narcótico (narc) de extremo prazer".


Ps: Narcótico: Qualquer substância que atue sobre o sistema imunológico nervoso central, provocando redução da consciência, relaxamento muscular e entorpecimento da sensibilidade.
Ps²: Não me drogo.
Ps³:
Ninguém me enviou os seus posts. u_u''


Eu cantei essa música quando estava isolado, alguém de muito perto ou de muito longe pode ouvir o lamento do Rei das Abóboras, a letra dizia assim: "Posso pegar esse caminho? (eu acho que sim), posso ir por esse caminho? (eu acho que sim), posso me ferir nesse caminho? (eu acho que sim), posso sangrar nesse caminho? (eu acho que sim), posso esperar mais um pouco? (eu acho que sim), será que esse caminho existe? (eu acho que sim), sabe todos nós deveríamos fazer uma longa viagem para conhecer novos lugares, o que você acha? (eu acho que sim), eu estou cansado dessa cidade, pois eu vi o meu rosto mudar, porém tenho medo do desconhecido, o que você me indica? (eu continuo achando que sim), mas me diga se você ainda tem algo mais a me dizer ... (eu acho que sim) ..."

Quando alguém diz "Quero morrer", acredito que o seu interior está querendo balbuciar "Quero viver, mas não sei como" (por favor, não duvide disso). É horrível saber que pessoas fingem alegria, escondem a sua essência atrás de uma existência que por sinal parece ser muito bem elaborada, e na verdade só precisam ser compreendidas, para se tornarem diários abertos, mas quando isso não se equilibra, ela percebe que esta sozinha no mundo, porque nele há pessoas que te enfiam tantas facas e você faz uma simples pergunta: "Por que fizeram isso comigo?" e eles respondem: "Porque você esta em casa" *(?)* . Quando algo foi sonhado e não concretizado, quando um ato foi impedido de ser consumido, os personagens se distorcem em Jovens Interrompidos, com sonhos e desejos interrompidos: "Alguma vez você já confundiu um sonho com a realidade? Ou roubou algo quando você tinha o dinheiro? Você já se sentiu triste? Ou pensou que o trem estava em movimento quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca, talvez fossem os anos 60....ou talvez eu fosse apenas uma Garota, Interrompida", Garota Interrompida 1999.

Eu tenho sido tão velho e jovem ultimamente. A minha armadura invisível parece estar com defeitos, parece que são profundos ou extremamente rasos para serem consertados, mas isso é só um ponto de vista de um pseudo-gótico, e ter desejo de por um fim nisso, não é querer nada demais, somente tentar encontrar conforto para o meu nariz nervoso. Novos lugares têm me envolvido, pois aqui ninguém sabe o meu nome, eles nunca me viram por esses lados, eu disse para eles que tinha vindo da Espanha, mas o problema é que nem sempre viajo, mas eu nunca pensei que seria tão difícil viver em outra cidade. Ultimamente eu estou tão fraco, estou precisando de dólares sujos, as pessoas estão gritando que eu sou um preguiçoso, mas eu finjo que não é comigo, eu apenas mantenho meu rosto em linha reta, com meus olhos fixos nos meus pés.


Quando eu digo que me sinto exausto, que me sinto quebrado, deficiente e ausente, sempre surge uma página de um livro de alguém que me diz: "Levante rapaz, pois a vida é bela", ouvir isso já basta, mas agora eu quero sorrir com motivos, belos motivos. Eu preciso saber das cores, quero saber de todas as um milhão de cores, aprender como sentir e sobreviver aqueles que morrem, como dormir e acordar. É sim vou voltar a ouvir os meus discos de rock'n'roll, "Quem sabe uma dança, no embalo desse som, mas nunca deixe de prestar atenção, pois eu sou o Bicho Papão". Eu sou um Alquimista que precisa de uma Bicicleta Alada, eu até poderia fazê-la, mas eu não tenho material para isso, preciso que alguém me dê uma bicicleta, você me daria? Se caso a tiver, eu vou viajar com ela para muito longe, longe mesmo, e na cestinha eu acho que levarei o E.T comigo e fazer aquela cena clássica da bicicleta, o garotinho, o E.T e a Lua nos iluminando. n_n


Sinto como se uma música triste e longícua tocasse, uma parede é o que nos separa, eu sai do meu quarto, e me deparei com um espaço inconstante e inseguro, eu posso sentir essa tristeza sonora caminhar por cada veia furada do meu corpo, e cada vez mais vai se alastrando, até que o irresistível acontece, a vibração se instala e começo a dançar de forma desordenada e sem qualquer tipo de ritmo, somente posso sentir aquele magnetismo musical pulsar dentro de mim. Sim o jeito que danço é estranho, mas expressa algo que sinto, eu fechei as mãos com força e entortei minhas pernas enquanto me contorcia na parede ... sim eu danço estranho e a parede me serviu de apoio e consolo. Eu estava a espera da quebra daquele frágil copo d'água, e foi simples, alguém só teve que empurrá-lo, só um ato desprovido de intenções, como em um simples acidente, quando percebi a água estava por toda parte, eu visualizei cada pontinho daquele lugar e constatei que estava alagado, o liquido incolor estava envolta, eu não podia me movimentar e logo me desesperei, a cada piscar de olhos ele se aproximava, eu vi meu reflexo, eu vi o espectro maligno. Bom a música teve o seu fim, e eu escorreguei, cai com o rosto no chão e quebrei os joelhos, eu perdi as minhas enfermeiras e não há nenhum doutor em mim ... (Será que era água ou lágrimas que deveriam ser suprimidas pelo prazer?).


Nota: A nina do clipe dança de forma estranha e fascinadora (preciso dançar sem/com sincrônia, presico dançar sem/com perfeição) *-*.





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