domingo, 29 de maio de 2011

THI-SAMA

Você que me tirou da escuridão, e me mostrou a claridade. Cuidou de mim, e que acalentou-me nos sábados gélidos de Liverpool, e que trouxe incontáveis novas sensações para a minha vida sem graça, despertou amor, tornou-me único, porque você é única, única para mim que amo, que te quero bem, que te quero para sempre. Sinto a sua falta, falta da sua alegria, da sua espontaneidade, do encanto que você mantém em mim. As vezes me sinto perdido sem o seu conforto, é tão estranho estar sem você, estranho porque as vezes "esqueço" de você, e as vezes lembro com uma saudade devastadora.
E sabe sempre ao lembrar de você, e digo sempre com uma certeza implacável, de que quando me lembro de você, a única imagem que aparece é a de você sorrindo {num fundo escuro, é o fundo escuro da minha mente xD}. Ah que noite linda foi aquela na qual você tocou violino para mim, foi tão mágico {foi como uma primeira vez xD²}, aquele som ecoando na minha alma e eclodindo no meu ser, foi um momento que lembrarei para toda a eternidade.
Obrigado por cada momento, obrigado por tudo.
Com amor Alan.

TE AMO PARA TODO O SEMPRE.



http://www.youtube.com/watch?v=wXMeZwO2qZ0

sábado, 9 de maio de 2009

Maria tinha um pequeno cordeiro

Maria tinha um pequeno cordeiro, cuja lã era branca como a neve, e a todo lugar aonde Maria ia, o cordeirinho a seguia em breve. A infanta de cabelos escuros e com fartos caracóis era cega, porém exibia enormes olhos, que eram pretos como carvões. Pobre criança se tornava assim indefesa ao cruel mundo que a cercava, mas Maria tinha o seu anjinho barroco, que preenchia a sua deficiência e que era a sua fonte de conforto e proteção. Maria também tinha um papai, que a adorava mais que a própria vida, desde que sua esposa faleceu o bem estar de sua filha tem sido seu principal objetivo.

Seu pai acordava sempre antes do raiar do sol, para assim poder manter o sustento de sua pequena e harmoniosa família. Mas ele nunca partia sem antes deixar um beijo amoroso em Maria e um acariciar afetuoso no cordeirinho, o qual sempre cuidava do sono de sua fiel companheira. Os dois mantinham uma relação recíproca de amor e confiança, para o cordeiro o sorriso de Maria era um milagre divino em prova, a felicidade da garotinha iluminava a sua alma, a manifestação de euforia verdadeiramente tomava conta de seu ser, esse feitiço era algo que jamais alguém poderia compreender unicamente sentir.

Maria adorava a neve, presenciar flores do campo congeladas derramava vida em si. Um dia pôs-se a passear pela floresta congelada, e não importando o caminho trajado, o cordeiro prontamente a seguia. Entre risos e brincadeiras os dois foram se distanciando, os lindos cachinhos de Maria estavam cobertos de pontinhos brancos, o encanto da pura e branca neve suavemente derretia em seu rosto, e o fato de saber que seu querido amigo estava sempre ali, pronto para lhe oferecer todo o amor e carinho que possuía a deixava sempre tão amável e tranquila, a paz que ela precisava estava ali.

Por entre os galhos secos, ouviu-se um estranho ruído, algo os observava. Maria podia sentir o cheiro maligno envolta, encontrava-se relativamente distante do cordeiro, apreensiva tentou aproximação e cautelosamente foi vagando, quando já próxima, foi surpreendida por uma criatura que se interpôs entre os dois. Assustada levou a mão aos lábios, ela reconhecia aquele animal, seu pai já havia lhe contado estórias sobre o lobo selvagem de olhos vivamente vermelhos, sua pelagem era branca acinzentada, a criatura exalava ódio por entre os afiados dentes caçadores, e ele fitou sua atenção exclusivamente para o cordeirinho apavorado, ela notou que em segundos iria produzir um ataque feroz e devastador ao seu amado amigo. A adrenalina da garota estava a todo vapor, encontrava-se ofegante e com muita sede, um mínimo de descuido e seu adversário produziria um desastre.

Maria procurou manter-se lúcida, hesitou por um momento e recordou de um pormenor que seu pai havia declarado uma vez, no qual essa espécie de lobo tem o instinto movido pelo cheiro de sangue. Sem movimentos hostis e respiração controlada abaixou-se cuidadosamente e juntou próximo de si um objeto pontiagudo e perigoso que anteriormente havia notado a sua existência quando nele esbarrou e com ele bateu violentamente em seu braço, repetidas vezes ela praticou esse gesto doloroso, a garota estava se auto-flagelando para desviar a atenção do lobo e assim proteger seu valioso amigo, gostas de sangue caiam sobre a neve. O lobo vivamente encarou a garota e ela cautelosamente com passos macios e pequenos foi se distanciando e o predador emanando fome e prazer foi a acompanhando, Maria se aproximou de vários troncos podres e pontiagudos e se posicionou de costas para eles.

A criatura medonhamente uivava, a maldade estava profundamente impregnada em seus vivos olhos, preparou um ataque e em seguida já estava velozmente correndo em sua direção, Maria ali permaneceu inerte. O corpo da garota havia paralisado, seus olhos permaneceram presos naquela cena, o cordeirinho confuso correu para acudi-la, e com toda sua força empurrou as suas pernas com a cabeça, a menina se desequilibrou e desviou do ataque violento do lobo, o que o fez ir de encontro aos troncos pontiagudos, eles rasgavam, trituravam o corpo do lobo, o animal agonizou até a morte. O pequeno cordeiro sentiu o sangue escorrer por entre a sua lã e tocar a branca neve, logo mais estava vermelho vivo e ele vidrou o rostinho de Maria, percebeu que o ataque não falhara por completo, a menina encontrava-se gravemente ferida, o sangue deslizava da sua boca e respingava em sua roupa clara. Em questões de segundos a garota foi ao chão, o animalzinho lambia suas mãos desconsoladamente, Maria ainda consciente, mas com os olhos vazios de expressão, para tranquilizá-lo ofereceu-lhe um sorriso de conforto e ainda debilitada, com seu braço horrendamente ferido acariciou a sua lã manchada de sangue.

O cordeiro tomado por terrível sofrimento se desesperou e correu de forma descomunal em busca de socorro, ele havia perdido o controle, não podia cogitar a idéia de que a sua razão de viver, estava ali morrendo, o fio da vida estava lentamente a deixando. Para não sucumbir, ele corria indescritivelmente, sua velocidade ultrapassa os limites lógicos, apavoradamente ele corria na neve. O seu lamento cortava os ventos gélidos, a sua lamúria sonora ecoava os céus, o mundo havia sido suspenso, e nada era mais importante do que a sobrevivência da doce Maria. Incansadamente corria e corria, seus movimentos e articulações estavam equilibrados, ele não era mais o mesmo, as respirações falhas de sua dona quebravam qualquer vestígio de lucidez, perfuravam o seu espírito inocente.

Ele sentiu a alma da garota cair na escuridão, e assim continuou a percorrer essa longa distância, os galhos afiados como facas, cortavam a sua pele, mas o medo de perde-la superava qualquer dor. Enfim, ele chegou ao local predestinado, e encontrou o pai de Maria, o seu maior desejo naquele momento era se fazer entender, o pai percebeu que havia algo de errado, o cordeiro estava vermelho vivo e muito debilitado, mas o mais assustador foi perceber que a presença de sua filha não constava, de prontidão seguiu o caminho apontado, algum tempo depois avistaram a garotinha, ele pegou a sua menina incrivelmente machucada e a levou de volta nos braços. Ao chegarem ao quarto de Maria, os devidos cuidados foram executados, e por longos e intermináveis dias ela adormeceu e recuperou-se.

Por todo esse período o cordeirinho velou e zelou o seu sono, finalmente em uma noite fria a garota despertou do seu sono profundo, parecia estar bem melhor, o seu quarto estava levemente iluminado pela luz do luar, e em seguida ao pé da cama avistou seu amado amigo encolhido, aproximou-se dele e com a maior felicidade, passou a mão de forma tranquila para despertá-lo, mas não obteve resposta, freneticamente repetiu os movimentos, lágrimas escorriam do seu rosto e deslizavam na lã, percebeu que ele havia descansado eternamente, agora Maria tinha um cordeirinho morto...

domingo, 3 de maio de 2009

O Garoto com Dois Rostos

Olliver nasceu no ano de 1840, no país da imaginação, sempre foi um garotinho educado e engraçado, sua infância foi repleta de pureza. “Mas que garotinho doce aquele” todos diziam, como ele era elogiado, afinal são poucos aqueles que Deus abençoou com o dom esplêndido de denotar vida para um simples pedaço de papel. Como esse garoto era fofinho, um verdadeiro encanto ao escrever e ao se expressar, sempre sorria com os olhares de admiração que causava naqueles que o viam escrever, pois não estavam habituados a verem rabiscar o papel de ponta cabeça ou com o caderno posto de lado. Era de seu conhecimento que espécie como ele eram raridades, em sua época, porquanto no seu país pessoas canhotas estavam se extinguindo. Confessa a história que cérebros de pessoas como este pequeno são complexos, eles sempre foram incompreendidos, portanto as características resumem-se a uma minoria. Definitivamente eles são julgados como amaldiçoados, logo ignorado em certos aspectos, fato típico dos seres humanos.
Este anjo de imaginação fértil sempre foi apaixonado por cavalos, para ele era fascinador imaginar cavalos alados, logo se presume que seu conto de ninar favorito era Cavalo de Fogo. Ele sempre soube que cavalos alados voam na água, afinal ele residia no país da imaginação. Óh criança desejada, escondia um grave segredo, tinha dois rostos e um deles era manchado de tinta preta, era só vidrá-lo e uma sensação estranha pairava, não conseguia reter as lágrimas, entrava em desconceso, um rostinho delicado e doce com um enorme borrão estampado. Por esse motivo o ocultava, deixando sempre visível o outro rosto perfeito que tinha pelo fato de lhe ser conveniente. Ele espremia sempre medo e cólera, esse era o seu trunfo, era a sua estratégia de defesa. E assim essa mentira ardilosa se alastrava e o consumia de forma desgastante. Olliver adorava caminhar pelos jardins de nuvens, lá ele podia se encontrar e pensar com clareza, esse lugar deslumbrante possibilitava isso.
Em um desses seus passeios costumeiros, um evento inesperado ocorreu, em um lugar longícuo, ele pode ver uma árvore obscura e solitária, já tinha ouvido rumores que era proibido aproximar-se deste lugar cinzento. Lá não haviam nuvens macias no chão, mas sim um solo sem vida, definitivamente nunca houve alegria exprimível ali, somente vestígios de melancolia e sofrimento. A fobia do desconhecido e o desejo percorriam por cada poro do seu corpo, este sentimento estava solidamente fechado internamente. Um som quieto veio através do vento, tão incrivelmente encantador, uma espécie de magnetismo sonoro, a irresistível ânsia se sobrepôs ao medo e de forma suave ele caminhou em direção ao som sutil, porém lívido. A árvore exalava medonhamente um misto de sentimentos, o pobre garoto entregou-se de forma absoluta, estava hipnotizado, ali o inconsciente prazeroso adormeceu em sua alma.
Duraram alguns minutos esse prazer ao extremo, aproximadamente 10 minutos, após isso o som cessou, nada se ouviu por um momento. O silêncio completo só foi quebrado por gritos agudos, horríveis e angustiantes, Olliver caiu no chão e com um esforço sobre-humano tentou proteger os ouvidos com suas frágeis e pequenas mãos, o desespero era tamanho que os olhos encovados saiam de órbitas. Com a pouca força que lhe restara, se levantou e produziu uma tentativa de fuga, que logo mais falhara, pois algo o havia impedido de escapar, ao correr os olhos para encontrar a causa, se viu cercado por mãos pálidas e sangrentas, notou que uma delas agarrava suas pernas, ele soltou um grito dilacerante, contudo inútil. De forma estranha elas emergiam e submergiam do podre solo, em movimentos não sincronizados e ágeis, os toques eram destruidoramente gelados.
O menino relutava com perseverança para se desvencilhar, entretanto grande era a rapidez dos movimentos que mal podia tocá-las, só sentir o gelo causar graves ferimentos em seu corpo. A agonia do garoto era crescente a cada segundo assombrado. Duas gotas de sangue foi o que ele sentiu escorrer de seu rosto e pingarem em sua perna machucada, trêmulo passou a mão, o coração disparado pareceu petrificar, com o pânico de proporção gigante sentiu a sua mão banhada, a vista do sangue o enlouquecera, percebeu que havia quebrado o seu rosto, tomado pelo sinistro, chorando soltou um grito estridente de martirizar, sua visão escureceu, desmaiou e por ali permaneceu. As mãos cadáveres foram se amotinando sobre seu corpo, elas serpenteavam suavemente, formando assim, um emaranhado de mãos, lentamente o solo foi se diluindo e mergulhando Olliver cada vez mais para o abismo.
Ao escurecer, atormentado com a atrocidade ele desperta, e nada havia ali, além dele, a árvore, e seu medo, olhou ao seu redor e tudo o que pode sentir foi o silêncio típico, percebeu então que havia caído em seus devaneios, deslizou a mão pelo rosto destruído, sofreu uma paralisia temporal, assombrado vislumbrou a reação de todos ao visualizarem seu único rosto, estupefato se sentiu incapaz de retornar, se estabeleceu naquele local, sentiu a sua vida suspensa por um fio de nada, onde bastava um sopro para ser destruída...






domingo, 19 de abril de 2009

Jovens Interrompidos

É massacrante quando se é uma pseudo-pessoa, que todas as suas ações foram efetuadas por motivos no qual se desconhece, onde as suas escolhas não passaram de tristes falhas. Até que você pressente que ao se adequar ao sistema foi o pior dos seus erros, que foi medíocre o suficiente para seguir o padrão daqueles que te acompanham, que te obrigam a ser como eles são. Lembrando cada vez mais do tempo onde o menos ruim parecia ser bom o suficiente e agora nem é tão interessante assim, (minhas aulas tem me pisoteado), preciso dar um fim naquele tempo de ser tão pequeno, de ser tão pouco comigo, preciso de uma nova saída. A sensação magnífica surge ao lembrar que lá na parte mais obscura do porão, os meus livros de auto-ajuda (metáfora que equivale a amigos) me esperam, "eles têm olhos aguçados para o que eu costumo ser, sabem ler cada movimento dos meus lábios, eles olham na direção que eu os indico, sempre com um tempo reservado para conversar comigo, por isso acho que gosto deles, constantemente estão crescendo em mim, veem os meus olhos de chocolate como um narcótico (narc) de extremo prazer".


Ps: Narcótico: Qualquer substância que atue sobre o sistema imunológico nervoso central, provocando redução da consciência, relaxamento muscular e entorpecimento da sensibilidade.
Ps²: Não me drogo.
Ps³:
Ninguém me enviou os seus posts. u_u''


Eu cantei essa música quando estava isolado, alguém de muito perto ou de muito longe pode ouvir o lamento do Rei das Abóboras, a letra dizia assim: "Posso pegar esse caminho? (eu acho que sim), posso ir por esse caminho? (eu acho que sim), posso me ferir nesse caminho? (eu acho que sim), posso sangrar nesse caminho? (eu acho que sim), posso esperar mais um pouco? (eu acho que sim), será que esse caminho existe? (eu acho que sim), sabe todos nós deveríamos fazer uma longa viagem para conhecer novos lugares, o que você acha? (eu acho que sim), eu estou cansado dessa cidade, pois eu vi o meu rosto mudar, porém tenho medo do desconhecido, o que você me indica? (eu continuo achando que sim), mas me diga se você ainda tem algo mais a me dizer ... (eu acho que sim) ..."

Quando alguém diz "Quero morrer", acredito que o seu interior está querendo balbuciar "Quero viver, mas não sei como" (por favor, não duvide disso). É horrível saber que pessoas fingem alegria, escondem a sua essência atrás de uma existência que por sinal parece ser muito bem elaborada, e na verdade só precisam ser compreendidas, para se tornarem diários abertos, mas quando isso não se equilibra, ela percebe que esta sozinha no mundo, porque nele há pessoas que te enfiam tantas facas e você faz uma simples pergunta: "Por que fizeram isso comigo?" e eles respondem: "Porque você esta em casa" *(?)* . Quando algo foi sonhado e não concretizado, quando um ato foi impedido de ser consumido, os personagens se distorcem em Jovens Interrompidos, com sonhos e desejos interrompidos: "Alguma vez você já confundiu um sonho com a realidade? Ou roubou algo quando você tinha o dinheiro? Você já se sentiu triste? Ou pensou que o trem estava em movimento quando ele estava parado? Talvez eu fosse louca, talvez fossem os anos 60....ou talvez eu fosse apenas uma Garota, Interrompida", Garota Interrompida 1999.

Eu tenho sido tão velho e jovem ultimamente. A minha armadura invisível parece estar com defeitos, parece que são profundos ou extremamente rasos para serem consertados, mas isso é só um ponto de vista de um pseudo-gótico, e ter desejo de por um fim nisso, não é querer nada demais, somente tentar encontrar conforto para o meu nariz nervoso. Novos lugares têm me envolvido, pois aqui ninguém sabe o meu nome, eles nunca me viram por esses lados, eu disse para eles que tinha vindo da Espanha, mas o problema é que nem sempre viajo, mas eu nunca pensei que seria tão difícil viver em outra cidade. Ultimamente eu estou tão fraco, estou precisando de dólares sujos, as pessoas estão gritando que eu sou um preguiçoso, mas eu finjo que não é comigo, eu apenas mantenho meu rosto em linha reta, com meus olhos fixos nos meus pés.


Quando eu digo que me sinto exausto, que me sinto quebrado, deficiente e ausente, sempre surge uma página de um livro de alguém que me diz: "Levante rapaz, pois a vida é bela", ouvir isso já basta, mas agora eu quero sorrir com motivos, belos motivos. Eu preciso saber das cores, quero saber de todas as um milhão de cores, aprender como sentir e sobreviver aqueles que morrem, como dormir e acordar. É sim vou voltar a ouvir os meus discos de rock'n'roll, "Quem sabe uma dança, no embalo desse som, mas nunca deixe de prestar atenção, pois eu sou o Bicho Papão". Eu sou um Alquimista que precisa de uma Bicicleta Alada, eu até poderia fazê-la, mas eu não tenho material para isso, preciso que alguém me dê uma bicicleta, você me daria? Se caso a tiver, eu vou viajar com ela para muito longe, longe mesmo, e na cestinha eu acho que levarei o E.T comigo e fazer aquela cena clássica da bicicleta, o garotinho, o E.T e a Lua nos iluminando. n_n


Sinto como se uma música triste e longícua tocasse, uma parede é o que nos separa, eu sai do meu quarto, e me deparei com um espaço inconstante e inseguro, eu posso sentir essa tristeza sonora caminhar por cada veia furada do meu corpo, e cada vez mais vai se alastrando, até que o irresistível acontece, a vibração se instala e começo a dançar de forma desordenada e sem qualquer tipo de ritmo, somente posso sentir aquele magnetismo musical pulsar dentro de mim. Sim o jeito que danço é estranho, mas expressa algo que sinto, eu fechei as mãos com força e entortei minhas pernas enquanto me contorcia na parede ... sim eu danço estranho e a parede me serviu de apoio e consolo. Eu estava a espera da quebra daquele frágil copo d'água, e foi simples, alguém só teve que empurrá-lo, só um ato desprovido de intenções, como em um simples acidente, quando percebi a água estava por toda parte, eu visualizei cada pontinho daquele lugar e constatei que estava alagado, o liquido incolor estava envolta, eu não podia me movimentar e logo me desesperei, a cada piscar de olhos ele se aproximava, eu vi meu reflexo, eu vi o espectro maligno. Bom a música teve o seu fim, e eu escorreguei, cai com o rosto no chão e quebrei os joelhos, eu perdi as minhas enfermeiras e não há nenhum doutor em mim ... (Será que era água ou lágrimas que deveriam ser suprimidas pelo prazer?).


Nota: A nina do clipe dança de forma estranha e fascinadora (preciso dançar sem/com sincrônia, presico dançar sem/com perfeição) *-*.





quinta-feira, 9 de abril de 2009

Os recém Adultos/Crianças

A extrema exaltação dos temores nessa fase é eminente em relação a vários outros aspectos, que pela falta de maturidade é o que se resulta, no campo dos temores as crenças geram medo de conquistar, de escrever, de debater, de sonhar, de ousar, de caminhar, de produzir (fim ao medo). É fato de que muitos jovens têm crenças falsas que amordaçam a sua inteligência. Acham-se incapazes de atingir seus sonhos, inábeis para superar suas limitações, mas o que eles desconhecem é que até as pessoas invejadas culturalmente têm seus nichos intelectuais doentios (menos a Amy xP).

Como em um dia comum, você desperta e parece que se perdeu na próxima esquina do fim do mundo, parece que a sua personalidade foi afogada, e se vê afundado, pois percebe que tudo haverá de mudar, agora não é mais visto como aquele ser dependente, mas sim como Dependente/Independente, você se responsabiliza por todos os seus atos e de acordo com a Lei, a maioridade pertence a você, seus direitos e deveres se tornam mais evidentes, essa parte "entre fases" é complexa demais (tristezas e conflitos).

"Ver, ouvir, falar. Nada ver, nada ouvir, nada falar. Essa é a canção dos adultos, mas onde estão os adultos/crianças? Ei ... ei ... " ( Frase da Pino *-* ). Estudos mostram que "meninos inteligentes" são mais deprimidos, porque eles sabem o que o mundo realmente é, e é absurdamente desesperador quando ELE fala na terceira pessoa, assim ELE pode esquecer que ELE sou EU. Não pense por um segundo que isso o faz melhor. Não quero ser Opheliac, Opheliac morando em mim, Opheliac morrendo mim. (Vale ressaltar que a Opheliac a quem me refiro não foge do Homem Pálido, que come fadinhas e crianças, ele era gordo e agora está magro com pelancas... Conselho: "Crianças nunca toquem com seus dedinhos as frutas imóveis da mesa do Homem Pálido como fez Opheliac").

Minha melancolia expressa estupidez, medo e ódio (eu sei disso), mas a piscina de um garoto mimado é mais funda do que parece, afinal por que se incomodar com o incômodo? É tão dificil correr os olhos em um mundo onde todos são juízes que trazem a tragédia nas mãos, atirando pedras e causando o maior estrago, e cada ato se torna um teste diante deles. É horrivel quando se tem a sensação de ter a obrigação de alimentar 1000 bocas e se torna pior ainda quando se percebe que só tinha que suprir a sua, que você sempre tem/teve tudo o que precisa/precisava e que esta respirando, consequentemente você se torna um pobre paranóico patético.

Como inverter este quadro? O que fazer quando seus medos se afloram em relação ao mundo? Simples (mentira), eliminando qualquer vestígio do medo de correr riscos, administrando todos os sentimentos, dando aquele choque na lucidez das emoções, tentar furar aquela bolha invisível que te protege do mundo externo, almejar ser menos um "Garoto-bolha". Não criar uma felicidade utópica, mas sim fazer da realidade a sua sombra e talvez tentar perder o medo de não se achar em relação ao meio onde habita.

O Lamento de Jack

Ninguém pode negar que
No que eu faço eu sou o melhor
Meus talentos não preciso provar
Sou o Rei das surpresas
Na escuridão faço tudo com muita maestria
Basta só um simples gesto
Com a minha mão e o medo surge no olhar
Sei fazer um adulto sentir terror
Feito uma criancinha a chorar

Mas ano após ano é tudo igual
E já não aguento esse festival
E eu Jack o Rei do horror
Quero algo mais
Algo superior


Eu sinto que bem dentro de mim
Há uma dor que não tem fim
Lá fora bem longe do meu lar
Meu coração quer me levar

Sou o Rei do horror
E o Às do terror
E você logo vai se assustar
Eu vou na lua cheia
A noite inteira como um bicho que ninguém pode ver
Caso não me conheça
Eu tiro a cabeça e mostro todo o meu talento
Não há um animal tão irracional
Com um grito tão feroz e violento

Mas quem poderia imaginar
Que o Rei do horror,
um esqueleto sem cor
Não é mais feliz no seu reino de terror
E a sua coroa quer entregar


A escuridão me invade assim
Como uma dor que não tem fim
Eu sou um Rei com fama e poder
Que só queria não mais sofrer



(Observação: Sally escondida assiste Jack Esqueleto se lamentar).







sexta-feira, 3 de abril de 2009

Cotidiano de um jovem fútil e mimado

"Querido Diário Virtual" ... (que começo mais tosco ... nada a declarar) ... Bom deixando besteiras a parte, o cenário dos meus dias tem sido bastante confortável, nesses espaços de tempo me proporcionei minutos de reflexões, meu entrelaçamento de amizades com meus amigos tem ficado cada vez mais sólido, as provas me perseguem, nem vejo utilidades em provas (mentira vejo sim >_< ), passei na minha prova teórica de direção, que só de pensar no dia do exame sentia um "frizin" e ficava todo desregulado (eu com carteira de motorista ... ainda horrorizado com o que meus olhos assistiram), mas o melhor foram as muitas risadas com velhos e novos amigos ( *o* ).

Recapitulando os acontecimentos ... um dia passando pela facul encontrei um Sebo lá, que logo me interessou, tive uma visão geral do ambiente e vi um livro que prendeu a minha atenção, apesar do pouco dinheiro (queria ser pobre um dia//porque ser pobre todos os dias é foda), comprei o livro, e fui logo perguntando para o vendedor como andava o histórico de dvd's importados deles, em seguida mencionando o nome do filme que desejava comprar -- DANCER IN THE DARK (DANÇANDO NO ESCURO) -- ele pediu que eu anotasse informações sobre o filme, tudo o que era de conhecimento escrevi no papel (ficha técnica, sinopse, foi quase toda a folha) e percebeu meu grande interesse e logo sentiu vontade de assiti-lo, pediu um breve resumo, quando terminei ele disse que tinha despertado a sua curiosidade (que se caso fosse adquirido, assistiria primeiro para depois me vender u_u'' ), para terminar me disse que o livro era mais caro um pouco e não tinha percebido (explorador) e me fez um pequeno pedido, que eu desfizesse um erro de venda, bom não tinha nem como negar (vai que ele resolve não me vender o filme), ai consertei o erro, afinal eu estava "desprovido de interesses".
Cheguei em casa e contei para a minha mãe que tinha comprado um livro e que estava pobre (outra vez) e queria mais dinheiro (filho explorador), ela perguntou o nome do livro e eu respondi:

Eu: Ah o nome do livro é Yvone A. Pereira Memórias de um suicida.
Mãe: O_O''
Eu: Mãe não pretendo me suicidar, se é o que está na sua mente!!
Mãe: O_O''
Eu: Comprei esse livro para tirar valiosas lições que me ajudem a amadurecer e me tornar melhor como pessoa, assim tenho uma visão mais ampla de Deus e as suas criações (achei que esse argumento quebraria com as suas barreiras).

Mãe: O_O'' Esse menino tem que ir em um psicólogo urgentemente.
Eu: Ò_Ó Não tenho nada !!!! ._.

Ultimamente tenho estado menos ocupado e com um tempo maior para ler os livros que emprestei, embora devesse ainda não o fiz (sei que a fadiga consome minha alma, como sei também que a Thiara vai querer me ver morto por isso). Tenho ansiado por belos dias como aqueles no qual permaneci doze horas fora de casa com os amigos, éramos "Jovens alucinados perdidos na noite" em busca de sexo, drogas e rock and roll (nada a declarar²), mas é uma verdade incontestável que planejamos orgias em motéis ao som de Protège moi (nada a declarar³). Bom, pensei em relatar as minhas experiências "Quase-morte", (que deveriam ser trágicas, mas se apresentaram como o oposto, ou seja, eventos cômicos), mas isso fica para uma próxima oportunidade, esses aqui são os meus dias de "Alegria Barata".


Eu estou cansado de alegria barata
Eu quero tristeza cara
Contas hospitalares, promessas
Portas abertas para a loucura

Eu quero que você seja louca, porque você é chata querida quando você está séria
Eu quero que você seja louca, porque você é idiota querida quando você é racional

Eu estou cansado de graças sociais
Mostre seu dente cariado
Perca o controle em público
Cave aquela carne ilegal
Porque amor é só um diálogo
Você não consegue sobreviver em um sorvete
Você tem as mesmas necessidades de uma cadela

Não problema (Não tem problema) em ser malvada (em ser malvada)
Não problema (Não tem problema) em ser malvada (em ser malvada).

quarta-feira, 25 de março de 2009

A Pocahontas caída do Conto de Fadas (Welli)







"Olhos Sonhadores", é a sua característica mais evidente, faz parte do seu ser, é incrivel como a sua felicidade brilha, como os seus sonhos são mágicos e de uma verdade singular, a sua sútil persistência naquilo que lhe é desejado, fascina aos que estão respirando o ar que você respira (realmente você nasceu para fascinar).
É estranho quando relembramos momentos em nossas vidas que parecem ter sido desgastados com o tempo, mas isso é só uma visão enganosa, porque realmente se focarmos a nossa atenção, os rostos e imagens são tão nítidos, que temos a falsa impressão de que o estamos vivenciando novamente, os acontecimentos vão se afigurando diante dos nossos olhos e a nostalgia aparece cortando cada parte do coração esquecido, e foi essa sensação ímpar que eu senti esses dias quando lembrei de você .... "Ainda está aqui guardado na memória aquele dia chuvoso em que nós todos brincavamos de tacoball nessa rua tão cheia de vida que é essa na qual nos encontravamos, bom nós eramos de times opostos, e quando em um rápido lance jogaram a bola na minha direção e eu a rebati com toda minha força (por mais incrivel que pareça eu consegui acerta-la), e a mesma voou o mais alto que pode e quando parecia que seu impulso havia terminado e que voltaria ao chão, ela quicou no fio do poste elétrico e ficou dançando lá em cima (eu sei isso parece ser inacreditavel, mas foi o que aconteceu Orasss) você correu atrás dela e era notável que os movimentos te enganavam, até que de forma estranha ela cai no chão e "AEWWWW", meu time ganhou, você tinha/tem a personalidade forte e não aceitou, e logo surgiu uma gigantesca desavença, palavras tortas saindo de todos os lados, até que do nada, você diz que eu chamei sua mãe de VACA e eu lógico neguei (e foi verdade não chamei mesmo)", como nós eramos enjoados um com o outro, não saia nada de agrádavel quando estávamos próximos e hoje a situação se inverteu, crescemos e evoluimos e agora somos amigos, mostrando sempre o melhor...



Ainda faremos parte do explêndido mundo de WALT DISNEY, eu sendo o lado sombrio e triste e você a parte doce e pura, semelhante as personagens de Contos de Fadas. Quem sabe não inovamos e mostramos a união desses "mundos" (adeus Tim Burton XD), quero te aplaudir quando o seu trabalho for reconhecido por todos, você ainda tem um lindo círculo perfeito a desenhar ao longo da sua vida.
É você é sim "A Pocahontas caída do Conto de Fadas" para a realidade, essa foi a minha homenagem para você WELLI ( retribuirei o desenho do Jack Esqueleto e mandarei todos os desenhos dos personagens que criei recentemente).