quinta-feira, 9 de abril de 2009

Os recém Adultos/Crianças

A extrema exaltação dos temores nessa fase é eminente em relação a vários outros aspectos, que pela falta de maturidade é o que se resulta, no campo dos temores as crenças geram medo de conquistar, de escrever, de debater, de sonhar, de ousar, de caminhar, de produzir (fim ao medo). É fato de que muitos jovens têm crenças falsas que amordaçam a sua inteligência. Acham-se incapazes de atingir seus sonhos, inábeis para superar suas limitações, mas o que eles desconhecem é que até as pessoas invejadas culturalmente têm seus nichos intelectuais doentios (menos a Amy xP).

Como em um dia comum, você desperta e parece que se perdeu na próxima esquina do fim do mundo, parece que a sua personalidade foi afogada, e se vê afundado, pois percebe que tudo haverá de mudar, agora não é mais visto como aquele ser dependente, mas sim como Dependente/Independente, você se responsabiliza por todos os seus atos e de acordo com a Lei, a maioridade pertence a você, seus direitos e deveres se tornam mais evidentes, essa parte "entre fases" é complexa demais (tristezas e conflitos).

"Ver, ouvir, falar. Nada ver, nada ouvir, nada falar. Essa é a canção dos adultos, mas onde estão os adultos/crianças? Ei ... ei ... " ( Frase da Pino *-* ). Estudos mostram que "meninos inteligentes" são mais deprimidos, porque eles sabem o que o mundo realmente é, e é absurdamente desesperador quando ELE fala na terceira pessoa, assim ELE pode esquecer que ELE sou EU. Não pense por um segundo que isso o faz melhor. Não quero ser Opheliac, Opheliac morando em mim, Opheliac morrendo mim. (Vale ressaltar que a Opheliac a quem me refiro não foge do Homem Pálido, que come fadinhas e crianças, ele era gordo e agora está magro com pelancas... Conselho: "Crianças nunca toquem com seus dedinhos as frutas imóveis da mesa do Homem Pálido como fez Opheliac").

Minha melancolia expressa estupidez, medo e ódio (eu sei disso), mas a piscina de um garoto mimado é mais funda do que parece, afinal por que se incomodar com o incômodo? É tão dificil correr os olhos em um mundo onde todos são juízes que trazem a tragédia nas mãos, atirando pedras e causando o maior estrago, e cada ato se torna um teste diante deles. É horrivel quando se tem a sensação de ter a obrigação de alimentar 1000 bocas e se torna pior ainda quando se percebe que só tinha que suprir a sua, que você sempre tem/teve tudo o que precisa/precisava e que esta respirando, consequentemente você se torna um pobre paranóico patético.

Como inverter este quadro? O que fazer quando seus medos se afloram em relação ao mundo? Simples (mentira), eliminando qualquer vestígio do medo de correr riscos, administrando todos os sentimentos, dando aquele choque na lucidez das emoções, tentar furar aquela bolha invisível que te protege do mundo externo, almejar ser menos um "Garoto-bolha". Não criar uma felicidade utópica, mas sim fazer da realidade a sua sombra e talvez tentar perder o medo de não se achar em relação ao meio onde habita.

O Lamento de Jack

Ninguém pode negar que
No que eu faço eu sou o melhor
Meus talentos não preciso provar
Sou o Rei das surpresas
Na escuridão faço tudo com muita maestria
Basta só um simples gesto
Com a minha mão e o medo surge no olhar
Sei fazer um adulto sentir terror
Feito uma criancinha a chorar

Mas ano após ano é tudo igual
E já não aguento esse festival
E eu Jack o Rei do horror
Quero algo mais
Algo superior


Eu sinto que bem dentro de mim
Há uma dor que não tem fim
Lá fora bem longe do meu lar
Meu coração quer me levar

Sou o Rei do horror
E o Às do terror
E você logo vai se assustar
Eu vou na lua cheia
A noite inteira como um bicho que ninguém pode ver
Caso não me conheça
Eu tiro a cabeça e mostro todo o meu talento
Não há um animal tão irracional
Com um grito tão feroz e violento

Mas quem poderia imaginar
Que o Rei do horror,
um esqueleto sem cor
Não é mais feliz no seu reino de terror
E a sua coroa quer entregar


A escuridão me invade assim
Como uma dor que não tem fim
Eu sou um Rei com fama e poder
Que só queria não mais sofrer



(Observação: Sally escondida assiste Jack Esqueleto se lamentar).







4 comentários:

  1. Quantas duvidas! Quantas incertesas! Quantos medos! Quanta pressão! -.-

    aaaaaaaaaaaaaaahhh
    Tirem-me dessa transição criança/adulto!

    Não é nada fácil, o medo do novo eh muito forte!
    E as cobranças pela inovação veem de todos os lados e não são poucas!

    Jack... mais uma vez você falou sobre mim (mesmo se referindo a você).

    Obrigada

    ;*

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  2. "Jack... mais uma vez você falou sobre mim (mesmo se referindo a você)..." parece que vc usa o arte de invadir a mente de todos!
    Nossa... me tocou tanto esse texto, de verdade... de um lado está a criança, que só quer ser feliz sem o que se preocupar, com seus pequenos medos... e do outro lado está o adulto, que tem o medo como crença, proteção ou qualquer coisa do tipo... esse lado adulto que nem sempre tem a quem recorrer quando se sente oprimido...
    Mas temos que sobreviver! Temos que fazer a escolha... e então podemos ser crianças fortes ou adultos infantis... está tudo em nossas mãos...

    TENHO QUE RELER ESSE SEU TEXTO PELA MILÉSIMA VEZ... muito bom mesmo!

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  3. no fundo certas crianças são como adultos deveriam ser,nascem boas e se misturam com o mundo e se tormam um pedação de milhares de células qualquer.Muitos,muitos adultos ainda são crianças,não se desprendem do cordão umbilical até a morte.isso as deixa com medo de encarar a verdade,feito um carvão prestes a entrar em combustão a qualquer momento. eu me considero um lenço de papel virgen,igual um ovo chocado. estou prestes a ser usado. prestes a nascer. só Deus sabe se serei devorado,só o mordomo sabe se serei útil. aham,eu bebi hj XD

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  4. Sim o tempo é absolutamente imperdoável. Quando souber o momento e quem você se descobre ou obrigatoriamente tem que ser como os “Ver, ouvir, falar. Nada ver, nada ouvir, nada falar. Essa é a canção dos adultos ou adultos/crianças?”. Chega o momento e inconscientemente ou conscientemente você percebe que pertence a uma fase de direito e de deveres, de sim ou não, vamos dizer assim e desesperado olha para trás, uma melancolia devastadora te revela: estou perdendo alguma coisa? E perdendo a razão percebe que não pode mais abraçá-la e desse modo acontece em vários momentos e você se pergunta: “O que fazer quando os seus medos se afloram em relação ao mundo?” sim elimine todos os vestígios de medos, corra o risco e por consequência sentindo-se melhor ou pior por não poder viver aquele momento mais vezes, mais tente guerreiramente eliminar um a um de seus constantes conflitos renascendo ou enlouquecendo.

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